terça-feira, 1 de setembro de 2015

tomadas, espelhinho e ciclovias

Ninguém me tira da cabeça que a mudança no padrão das tomadas brasileiras foi um teste de mercado para saber como nós, brasileiros, nos portaríamos frente a outras ações esdrúxulas, melhor dizendo, frente a factoides populistas.
A cada vez que tenho que comprar uma tomada, um plug, um adaptador novo tenho um chilique. Não aceitei, não aceito, não aceitarei. Até hoje não me convenci. Afinal, porque nós, brasileiros, aceitamos as coisas assim tão facilmente? Aceitar do jeito que aceitamos deu no que deu: o abismo que estamos metidos.
Hoje as tomadas estão incorporadas as nossas vidas e parece não fazer mais sentido questiona-las ou reclamar. Por que foi feita a mudança, para evitar possíveis choques elétricos? Proteger as crianças? Quais eram os números? Alguém os viu? Se havia números, qual a fonte? Eram reais ou foram convenientemente criados como tantos outros que nós, brasileiros, engolimos quietos? Porque muitos milhões, talvez até bilhões de habitantes que continuam usando o padrão de tomada que usávamos antes não morreram eletrocutados? Porque o padrão antigo de tomada que usávamos aqui continua sendo usado pela maioria dos países ricos do mundo? Por que o Brasil (do nunca antes) criou um padrão de tomada que só existe aqui? Quem saiu ganhando com estas novas tomadas?
Quais são os números de acidentes em casa depois da mudança nas tomadas? O número de choques deve ter caído e muito, mas será que não teria caído também se fizéssemos a sutil mudança para o padrão de pinos usado pelos japoneses, que são idênticas as antigas, mas impossível de tomar choque? E o Governo Federal, protetor dos pobres, oprimidos e eletrocutados fez alguma coisa, uma campanha educativa por exemplo, para orientar sobre instalações elétricas? Quantas pobres morrem por gatos (ligações clandestinas)? 
Quantos países do mundo obrigam o uso de espelhinho retrovisor nas bicicletas? Porque não obrigam? Será que espelhinho aumenta a segurança do ciclista? Ou colocam o ciclista em risco? Porque nosso CTB obriga? Já contei a história por trás da obrigatoriedade do espelhinho, mas quem se importa? Quem ganha e quem perde com espelhinhos? Está claro que espelhinho retrovisor para bicicleta e tomada padrão Brasil, país do nunca antes, são fruto da mesma forma de pensar. É para melhorar a segurança ou para atender a interesses particulares?
Aceitar sem questionar só por que parece boa ideia pode ser um perigo, principalmente quando estas ideias geniais vem de gente duvidosa.
Uma ciclovia é segura só porque é ciclovia? Felizmente já tem gente começando a se dar conta que não é bem assim. 
Infelizmente acabo de receber a notícia que houve um acidente na esquina da av. Faria Lima com Cardeal Arco Verde envolvendo uma menina ciclista que chapou um ônibus que estava fazendo a conversão à esquerda, permitida e sinalizada para ônibus que vem pela av. Faria Lima e vão sentido Terminal Pinheiros. Espero que a menina esteja bem. E peço que não se faça mais uma vez julgamento sem saber o que realmente aconteceu. 
Por favor questionem-se, principalmente quando tudo parece tão claro e óbvio. É ai que fica mais fácil ser enganado. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário