terça-feira, 17 de setembro de 2013

....quantos ciclistas mesmo?

Vamos fazer umas contas simples: 100 ciclistas (um pouco mais que isto) por hora passando pela esquina da av. Faria Lima com Rebouças, em 14 horas de contagem, dá 1.400 ciclistas, num único ponto. Zona Norte, av. Bras Leme, em ponto único de contagem, um pouco mais de 80 ciclistas/hora, multiplica por 14 horas e dá 1.020 ciclistas. Av. Paulista, próximo ao MASP, entre 21:00 e 01:00, portanto só 4 horas de contagem, mais de 800 ciclistas. Soma todos pontos e temos: 1.400+1.020+800= 3.220 ciclistas/dia em 3 pontos de contagem, numa matemática para lá de grosseira.
Vamos colocar que o fator de viagens/dia destas bicicletas está em uns 2.5, um pouco maior que em 2005 quando era 2.2 viagens/bicicleta, e temos 1.288 ciclistas/dia.
Lá por 2005 o número oficial de ciclistas no Município de São Paulo era de 135.000/dia, com fator de viagem em 2.2 e dá 61.364 ciclistas/dia circulando. Pesquisa O.D. Metro, com dois filtros, modo principal e transporte para trabalho, o que exclui muito ciclista.
Fazendo outra brincadeira: se você multiplicar os 1.288 ciclistas/dia de hoje/09-2013 por 48 (pontos de contagem) você já tem mais ciclistas do que os 61.364 ciclistas/dia da OD de 2005.
Boa brincadeira, não é? Não dá para tirar conclusões, mas dá para imaginar que os números oficiais tão divulgados não eram exatamente a realidade ou não teríamos estes números de agora. Ou o crecimento da bicicleta em São Paulo foi tão maluco assim? Foi, todos sabemos, mas quanto? E como é a curva de crescimento, tão acelerada quando uma brincadeira destas me leva a pensar? O fato é que se o crescimento estiver tão acelerado nós temos um não boa notícia.

Um comentário:

  1. Estava navegando pelos dados da Pesquisa OD 2007 após ler seu post e quase morri afogado no meio de tantos números. Mas vou nadar com mais calma entre eles!

    Mas num primeiro olhar, o que mais chama atenção é o tamanho do crescimento em relação à OD de 1997. E se o crescimento continuar nessa velocidade, podemos concluir o seguinte:
    se não começarmos construir uma malha cicloviaria adequada e políticas de educação no trânsito, infelizmente, teremos mais acidentes de trânsito. Ou uma quebra nesse ritmo de crescimento e seremos mais uma vez um Brasil que adora perder boas oportunidades.

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