domingo, 14 de julho de 2013

Fiquei sem carro

Na quinta-feira passada entreguei meu carrinho. Não tive alternativa depois de sofrer um PT (perda total) numa colisão traseira quando o Paliozinho estava estacionado. Os três garotos que estavam na Land Rover, depois da batida, olharam pela janela e viram claramente o tamanho do estrago, aceleraram e seguiram em frente. Típico de brasileiro. Infelizmente a única câmara que poderia ter registrado as placas estava momentaneamente quebrada. O prejuízo total caiu no meu bolso.

Não encontramos um funileiro que quisesse fazer o serviço. Roberto, meu mecânico, que tentou ajudar, disse que “O pessoal só quer fazer trabalhinho rápido e fácil. Coisa mais complicada e demorada não fazem”. Roberto chegou a encontrar um Palio com PT dianteiro, mas não quem quisesse fazer a troca da traseira. Deu raiva por que sei fazer o serviço, que é chato, trabalhoso, mas sem grandes segredos. A sensação que se tem é que prestadores de serviço estão cada dia menos preparados, sérios, e mais no sentido da esperteza. O exemplo desta Brasília de nunca antes está sendo seguido, disto não tenho dúvida: boa conversa furada, muita enganação, pouco resultado.

Acabou-se uma era. Usava muito pouco o carrinho, mas em algumas situações ele era e segue sendo extremamente necessário. Não sei se vou ter outro carro, o que gostaria, mas o custo é praticamente proibitivo. Gostaria de ter uma Dobló, um Berlingo ou Kangoo, que tem janelas grandes e espaço interno apropriado para transportar bicicletas. Um amigo tem uma caminhonete Corsa jogada na garagem, mas Sílvia, que trabalha com seguros, diz que este tipo de carro é muito visado pelos ladrões. Talvez uma moto, mas o número de roubos e assaltos é muito grande. Que país ridículo o nosso onde não podemos ser nem ter o que gostaríamos ou queremos. Nem bicicleta boa. Em todo mundo rouba-se bicicleta estacionada; mas só aqui no Brasil o ladrão encosta o cano na cabeça ou atira antes para sair pedalando tranquilamente com sua bicicleta. Segurança zero.

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