segunda-feira, 11 de março de 2013

Banânia sem braço

Ontem, Domingo 10 de Março de 2013, um jovem ciclista trabalhador foi ‘atropelado’ na av. Paulista esquina com av. Brig. Luiz Antônio e perdeu um braço, que ficou preso no para-brisa do veículo que causou o acidente, que por sua vez fugiu e jogou o braço num córrego. O motorista, um jovem que parece que havia saído da balada, se apresentou a Polícia e foi preso. E dai?

Esta história tem sido lugar comum nestas décadas de mortoboys, os inimigos número um do trânsito paulistano (?). E agora mais ainda com a socialização do uso da moto República do Nunca Antes da Banânia afora. Histórias como estas lotam em até 42% dos leitos hospitalares de algumas localidades do nordeste. Com desconto e ficando na média deve dar uns 30 e tantos por cento. Junta ai os pedestres e um pouquinho dos outros do trânsito, incluindo ciclistas. Alguém ai já viu o percentual (do custo) da saúde no PIBinho?
Tirando os garotos e meninas ligados nas redes sociais que foram protestar na av. Paulista provavelmente não vai acontecer mais nada. O pobre trabalhador de 21 anos vai ter que reaprender a viver sem o braço; o motorista vai ser julgado sabe lá quando, a justiça será feita, mas provavelmente não será justa... E a vida continua na República da Banânia.

Infelizmente somos nós, população, e eles. Os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo não nos representam mais, são um outro país, uma realidade própria completamente desvinculada da população. Inclua-se ai, por mediocridade, a imprensa. Eles, brasileiros, governam nós, banânias. O resultado final é pífio, um desrespeito à Lei do Consumidor, que hoje, 11 de Março, comemora seu dia. Eles não entregam o que é devido e Banânia consenti.
Mas esta história também me remete à briga dos estudantes da USP contra a entrada da PM no campus. Aos bares próximos às universidades... No direito à liberdade, digo libertinagem... Na fantástica Constituição moderna que temos... Nos jornalistas assassinados...

Todos os povos têm suas distorções, mas nós realmente exageramos. Mais do que ‘Brasil, um país de tolos’, pode-se afirmar: ‘Brasil, um país de covardes, pobres, ineptos...’ Todos, sem exceção.
Não vai mudar nada.

Um comentário: